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JOÃO NUNES MAIA

  João Nunes Maia nasceu em 10 de novembro de 1923, em Glaucilândia, antiga Juramento, norte de Minas Gerais. A mediunidade veio à tona cedo, trazendo angústias e aflições. O apoio veio da mãe, dona Maria Nunes, que se apegava às orações. 

 
  O jovem Nunes muito estudou e lutou, desenvolvendo a psicografia, a psicofonia, a clarividência e o desdobramento. João Nunes faleceu em 04/09/1991. Deixou na Terra a continuação dos seus ideais através da Sociedade Espírita Maria Nunes. Caminho longo, mas com final feliz.
 
  O pai, Joaquim da Silva Maia e a mãe, Maria Nunes Maia tiveram cinco filhos. Não tinham informações sobre a Doutrina Espírita. O segundo filho do casal, João Nunes Maia (Joaquim Maia teve mais oito filhos do segundo casamento) conversava sozinho e era tido como “estranho” . À procura do equilíbrio foram atrás de dona Lozinha, conhecida benzedeira da região: tinha recurso para mau olhado, anemia, para pragas que atacassem as fazendas.
 
   Nunes passou a frequentar as reuniões na distante casa de dona Lozinha, onde ia a cavalo. Mediunizada, ela o alertava sobre as suas tarefas futuras e sobre a necessidade de conhecer as obras de Allan Kardec. Através do reembolso postal, o médium encomenda à Federação Espírita Brasileira os livros básicos da Doutrina. Livros em mãos, viaja para a Fazenda Brejinho, onde estuda por quase um ano. Nessa época, cria o hábito de conversar com Deus, ao nascer e ao por do sol e, numa manhã, tem a inspiração que nortearia a Sociedade Espírita Maria Nunes: o lema do Pão e do Livro.
 
  Incentivado pelo pai, e já órfão de mãe, muda-se para Belo Horizonte em 1950, sendo acolhido pelo amigo Chico Sapateiro que ensina-lhe o ofício. Mais tarde, vai morar numa favela, no bairro Santa Tereza. Após o casamento com Irene, muda-se para uma casa no mesmo bairro. A união com Irene lhe deu duas filhas: uma delas Alcione; a outra não chegou a nascer.
 
 
  João Nunes frequenta reuniões espíritas e conhece, em Pedro Leopoldo, o médium Francisco Cândido Xavier, de quem se torna amigo. Numa reunião mediúnica na União Espírita Mineira, identifica-se com o Espírito de Fernando Miramez de Olivídeo, seu guia espiritual e autor de vários livros psicografados por Nunes, sendo o primeiro Alguns Ângulos dos Ensinos do Mestre. 
 
  No silêncio característico de sua personalidade, João Nunes muito fez pelo movimento espírita. Incentivou, orientou e, participou da fundação de várias casas espíritas em Belo Horizonte, Minas e em outros estados brasileiros. Buscando divulgar a Doutrina, João Nunes Maia cria a Campanha Nacional do Livro Espírita Gratuito, em 1958, viajando de caminhão por distantes regiões do Brasil. Em 1973, através do Espírito Mesmer, recebe a fórmula da Pomada Vovô Pedro, que cura males da pele.
 
  Fruto da sua persistência, surge em 12 de abril de 1955 a Sociedade Espírita Maria Nunes – SEMAN. Iniciada com estudos evangélico-doutrinários e humilde distribuição de sopa aos carentes, a SEMAN se ramificou em diversas atividades sociais e permitiu, através da Editora Fonte Viva, sua parceira, a edição de 62 livros psicografados.
 
  Os originais psicografados por João Nunes Maia, que eram guardados debaixo da cama, na modesta casa de Santa Tereza, viraram livros. Espalharam-se pelo Brasil, Portugal, Estados Unidos, Espanha, Japão e só Deus sabe por onde mais. Missão cumprida, desencarna em 4 de Setembro de 1991 o menino João, de Glaucilândia. Jornada como o caminho que o levava a dona Lozinha.
 
  Orientou pessoalmente centenas de médiuns em desequilíbrio. Psicografou a maior obra espírita que dá suporte ao entendimento das as obras básicas. São 20 volumes da coleção Filosofia Espírita.
 
  Empenhou-se para que as instituições espíritas colocassem em forma destacada no frontispício de sua casas, a qualificação espírita. Participou da criação do 1º programa espírita em Rádio de Belo Horizonte. 
 
  Orientou e conduziu a transformação, em Belo Horizonte, de centro Umbandista em Centro Espírita. Distribuiu gratuitamente, no centro de Belo Horizonte, uma edição inteira (10.000 volumes) de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, da FEB.
 
  Realizou a 1ª Banca do Livro Espírita de Belo Horizonte. Fundou a Livraria da União Espírita Mineira, por solicitação e com a orientação de Francisco Cândido Xavier. Foi membro da diretoria do Hospital Espírita André Luiz. Foi membro do Conselho da União Espírita Mineira
 
  Incentivou a abertura de atividades e casas espíritas em locais ainda desprovidos. Ajudou na transição de casas de umbanda para casas espíritas. Foi o primeiro diretor doutrinário do Hospital André Luiz. Inaugurou a livraria da União Espírita Mineira, por orientação de Chico Xavier.

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Ramadan Kareem

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